Ontem eu não queria viver.
Tomei uma cartela de aspirinas.
Deitei.
Ouvi uma revoada de pássaros.
Vi luzes coloridas.
Escutei orquestras de formigas.
E não morri.
Vomitei tudo.
O mundo girava sob meus pés.
O teto estava no chão.
O chão no ar.
A casa estava virada.
Minhas mãos frias.
Meus pés dormentes.
E eu não parava de dançar.
Eu!
Que nem sei dançar.
Minha cama ardia, em brasas.
Eu respirei fundo, não consegui.
O sol raiava, resplandecente.
Eu sentei no parapeito da janela.
E pulei.
Nunca o décimo sétimo andar foi tão perto do chão.
Não houve atrito.
O vento era frio.
E o chão duro.
Enfim, cheguei ao desejado.
diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa
quarta-feira, 29 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Vôo Livre.
Pois é.
O tempo passou.
E eu não me dei conta.
As escolhas que fiz me trouxeram aqui.
Tantos caminhos eu tive por opções.
E aqui cheguei.
Não sei se errei.
Muito menos se acertei.
Apenas escolhi.
Como queria viver.
Os porquês deixei para trás.
E vim.
Sem sentir.
Algumas vezes tive medo.
O novo.
Assustou.
Porém não matou.
Veio, simples.
Doloroso em momentos.
Vitorioso e macio em outros.
O tempo foi implacável.
Hoje olho o ontem com satisfação.
Não me envergonho.
Fiz o que deveria.
Não me arrependo.
Talvez me arrependa de ter deixado de fazer.
Não sei ao certo.
Vim, vim, sem ter muito cuidado.
Sem pensar em como, quando, onde e por quê.
Com poucas ressalvas.
Abri-me ao mundo.
Aos mundos desconhecidos.
Novos horizontes.
Novas pessoas.
E cheguei.
Daqui deste alto, não do fim.
O fim está muito longe.
Subirei muito mais alto.
E lá me sentarei.
Ficarei olhando tudo.
Os que passaram, os que forem comigo.
E finalmente pararei.
Mirarei o céu.
Esperando ver o pôr-do-sol.
O último que verei.
E partirei.
Assim como os pássaros batem em revoada.
Alcançarei a imensidão.
Sem presas.
Só a liberdade de voar eternamente.
O tempo passou.
E eu não me dei conta.
As escolhas que fiz me trouxeram aqui.
Tantos caminhos eu tive por opções.
E aqui cheguei.
Não sei se errei.
Muito menos se acertei.
Apenas escolhi.
Como queria viver.
Os porquês deixei para trás.
E vim.
Sem sentir.
Algumas vezes tive medo.
O novo.
Assustou.
Porém não matou.
Veio, simples.
Doloroso em momentos.
Vitorioso e macio em outros.
O tempo foi implacável.
Hoje olho o ontem com satisfação.
Não me envergonho.
Fiz o que deveria.
Não me arrependo.
Talvez me arrependa de ter deixado de fazer.
Não sei ao certo.
Vim, vim, sem ter muito cuidado.
Sem pensar em como, quando, onde e por quê.
Com poucas ressalvas.
Abri-me ao mundo.
Aos mundos desconhecidos.
Novos horizontes.
Novas pessoas.
E cheguei.
Daqui deste alto, não do fim.
O fim está muito longe.
Subirei muito mais alto.
E lá me sentarei.
Ficarei olhando tudo.
Os que passaram, os que forem comigo.
E finalmente pararei.
Mirarei o céu.
Esperando ver o pôr-do-sol.
O último que verei.
E partirei.
Assim como os pássaros batem em revoada.
Alcançarei a imensidão.
Sem presas.
Só a liberdade de voar eternamente.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Personagem
Enfim.
Não chego ao fim.
Cansei de ser figurante.
Sem papel de destaque penduro as chuteiras.
Vou-me, para outro filme, para outras vidas alheias.
Tentar ter presença, ser personagem importante.
No teu caminho fui apenas uma pedra.
Uma árvore, que passou.
Não.
Não quero mais.
Vai, segue o teu caminho.
Que eu vou seguir o meu.
Caminhar, desorientadamente no mundo.
Até que luzes brandas me foquem.
E eu passe a ser principal.
No filme, na vida, na hora de alguém.
E só.
Enfim.
Não chego ao fim.
Cansei de ser figurante.
Sem papel de destaque penduro as chuteiras.
Vou-me, para outro filme, para outras vidas alheias.
Tentar ter presença, ser personagem importante.
No teu caminho fui apenas uma pedra.
Uma árvore, que passou.
Não.
Não quero mais.
Vai, segue o teu caminho.
Que eu vou seguir o meu.
Caminhar, desorientadamente no mundo.
Até que luzes brandas me foquem.
E eu passe a ser principal.
No filme, na vida, na hora de alguém.
E só.
Enfim.
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