diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É tempo de amar...

É tempo de amar.
Preciso me preencher de sentimentos.
Rasgar meu peito com amores vãos.
Ocupar meus braços com corpos sãos.
Viver de paixão.
Alegrar-me em ouvir vozes queridas.
É tempo de amor.
Amor vadio.
É hora de se doar.
Viver e se entregar.
O meu coração pede amor.
Os ventos sopram brisas leves.
Tudo conspira para tal.
Abrir o peito e se deixar flechar.
É Eros que paira sobre nós.
É tempo de amar.
Minhas mãos estão ansiosas por percorrer caminhos de um corpo alheio.
Envolver no meu calor um peito amante.
Corações batendo compassadamente.
Estampar sorrisos nos rostos.
É meu desejo.
Eu preciso amar.
O tempo é de total amor.
Vivamos apaixonados.
Amemos-nos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O nada em mim.

O meu vazio ressoa o silêncio que grita tão alto dentro em mim. O meu coração anda sinistro e quieto. Meu corpo é frio e manso. A vida passa e eu caminho lentamente. Meus olhos já não enxergam longe. A apatia me tomou. Sou pequeno e frágil. Um mínimo grão de poeira pairando. Pouso levemente ao chão e fico. Vento me levará. Eu já não sei viver. As lágrimas secaram... O amor passou ao largo. Eu não desisti, apenas esvaziei. Estou oco. Qualquer movimento e tudo ecoa. Eu não sou mais o que fui. Eu não sei amar. Vegeto. Espero algo que nem sei o que poderá ser. Não o fim, não é isso. É o abismo. É um vácuo. É o vazio. O nada.