diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O nada em mim.

O meu vazio ressoa o silêncio que grita tão alto dentro em mim. O meu coração anda sinistro e quieto. Meu corpo é frio e manso. A vida passa e eu caminho lentamente. Meus olhos já não enxergam longe. A apatia me tomou. Sou pequeno e frágil. Um mínimo grão de poeira pairando. Pouso levemente ao chão e fico. Vento me levará. Eu já não sei viver. As lágrimas secaram... O amor passou ao largo. Eu não desisti, apenas esvaziei. Estou oco. Qualquer movimento e tudo ecoa. Eu não sou mais o que fui. Eu não sei amar. Vegeto. Espero algo que nem sei o que poderá ser. Não o fim, não é isso. É o abismo. É um vácuo. É o vazio. O nada.

Um comentário:

Olga M. disse...

O pior é que esse eco parece pesar toneladas..

Do caralho.