diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Talvez.

Talvez quando o amor me acenar eu já não lhe saiba responder.
E tudo tenha passado.
E tudo tenha sido em vão.
O peito sangrado.
A carne dolorida.
Minha alma desfeita.
Talvez quando o amor gritar por mim eu já esteja surdo.
E tudo que senti esteja enterrado.
E tudo que meu corpo viveu, apagado.
As lágrimas secas.
Talvez quando o amor bater em mim meu coração esteja inerte.
E tudo que pulsou esteja morto.
E os pés estejam plantados numa terra fria.
E meu corpo esteja fechado, protegido.
Talvez quando o amor chegar eu já nem serei vivente.