diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O último romântico...

Enquanto as relações virtuais dominam o mundo, eu ainda resisto. Como um disco romântico esquecido na vitrola, rodando a 33 rotações por minuto. Eu ainda anseio por um toque de pele. Uma mão quente que me envolva e acaricie. A era contemporânea, pós-pós-pós alguma coisa, é irreal, surreal, virtual, mentirosa, falsa e fria. Falsa no sentido mais restrito da palavra. Distâncias podem ser encurtadas via internet, saudades amainadas, eu sei. Não sou contra. Longe disso. Sou cria deste modo de vida. Ela é sedutora, nos enreda em suas teias e ramificações, nos prende horas a fio, mas ela não substitui o calor, o abraço, o corpo quente e suado das relações humanas. Estas exposições gratuitas e desnecessárias, satisfações publicadas como notícias de jornal, com rapidez, velocidade. Nada me aborrece mais do que pessoas que se justificam para o mundo. Pessoas que usam as redes sociais como diário de bordo e agenda. Idiotas. Alguns curiosos de plantão até podem se interessar por isso. No mais, a ninguém interessa, então guardem-se. Onde se escondem os mistérios? O jogo de sedução das pessoas? Tão expostas assim não nos resta nada para descobrir, o sabor da descoberta e da conquista fica perdido. Não quero me colocar como o correto. Apenas exponho meus pensamentos, antes guardados só para mim, queimados dentro de mim mesmo. Eu prefiro deixar coisas no ar. Pistas e não o mapa completo. Não há necessidade de se dizer tudo a todo momento. Economia de palavras. Gastemos em coisas produtivas e criativas. Exageremos nas relações reais, nos abraços, nos carinhos, rocemos pele com pele, sejamos HUMANOS.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Eu não sou o meu nome.

Se eu não sei quem sou, por que você ainda tenta me entender?