diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Teu

Abre-te, bate-me,
Beijemo-nos como ontem, para amanhã e sempre sentirmo-nos um nos lábios do outro.
E que nossos corações palpitem.
Línguas.
Quentes, vorazes.
Arranca-me de meu quieto lugar.
Leva-me ao teu encontro.
Voando.
Arrasta-me ao teu peito.
Faz-me ouvir teus clamores de amores.
De um amor que nunca desaparecerá.
Que jamais perecerá.
Teu sorriso me derruba.
Os pequenos olhinhos comprimidos pelos músculos faciais que te fazem irradiar uma luz resplandecente.
Meu amor.
Que nunca me pertenceu.
Meu amor.
Chegaremos ao topo do alto monte e de lá pularemos no abismo.
O abismo que nos levará à queda livre que é o amor.
Meu amor.
Nosso amor.
Teu.