diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Vãos amores.

Quantos corpos passaram por mim.
Tantos carinhos fugazes.
Muita ternura repentina.
Os olhos que se encontram e se conectam rapidamente.
Os sexos que se penetram velozmente.
Comunhão de carnes.
Quantos idílicos amores de uma noite.
Tantos beijos ardentes que usam.
Muito amor volátil.
As mãos que se entrelaçam.
Os desejos saciados.
O ápice na petit mort.
E quantos ficam?
Tantos se vão.
Todos se evadem.
Sozinho.
Silente e vazio.
Em que paragem terminará a incansável busca?
Qual o peito em que repousará tudo que arde em mim?
Em quais lábios calarei me desejo?
Qual o sexo em que derramarei meu amor?
Sou só é já não quero sê-lo.
Onde andarás?
Quanto te demoras?
Silêncio.