Ontem eu não queria viver.
Tomei uma cartela de aspirinas.
Deitei.
Ouvi uma revoada de pássaros.
Vi luzes coloridas.
Escutei orquestras de formigas.
E não morri.
Vomitei tudo.
O mundo girava sob meus pés.
O teto estava no chão.
O chão no ar.
A casa estava virada.
Minhas mãos frias.
Meus pés dormentes.
E eu não parava de dançar.
Eu!
Que nem sei dançar.
Minha cama ardia, em brasas.
Eu respirei fundo, não consegui.
O sol raiava, resplandecente.
Eu sentei no parapeito da janela.
E pulei.
Nunca o décimo sétimo andar foi tão perto do chão.
Não houve atrito.
O vento era frio.
E o chão duro.
Enfim, cheguei ao desejado.
Um comentário:
Próxima vez tome Lexotam. :D
Sabia disso aqui não, bom saber, to gostando do que to lendo. Vou conhecer mais. Vai nos meus também, podemos trocar figurinhas. Xeru pra tu
=*
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