Noites estreladas.
Céu enfeitado.
Bandeiras coloridas.
Luzes de uma cidade.
Na praça acontece tudo.
A bandinha toca marchas.
A mais bela de todas passa.
Faceira, cabelos em tranças.
Vestido simples.
Olhos faiscantes.
Eu tenho saudades e vê-la.
Não sei como vive.
Já há tanto tempo que deixei a cidadezinha.
Devia ser velha.
Cabeça branca.
Curvada a coluna.
Eu já não sou mais o mesmo.
Mas, ainda a reconheceria pelos olhos.
Poderiam se passar milhões de anos,
E aqueles olhos não perderiam o brilho.
Sonhava revê-la.
Não será mais possível.
Ela virou uma estrela.
E hoje, brilha.
Enfeita o céu nas noites de festas.
Como no tempo em que éramos meninos.
Ao som das velhas marchinhas.
Sob as luzes e a bandeiras coloridas.
Naquela antiga cidade.
Escondida no fim do mundo.
Onde tudo ainda é como um dia fora.
Um comentário:
Caramba, que saudade do meu brejo paraibano. Amei esse texto. Grande abraço!
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