diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

domingo, 1 de julho de 2012

Ir.

Eu tenho medo do que o tempo fará de mim. O que eu farei com o tempo. Que me resta. O implacável senhor de nós nos domina. Nós o dominamos? Retardar o quê? Rumar para o único lugar onde iremos chegar. O destino comum de todo ser. Trilhar o caminho. Em frente, sem mirar o antes. O instante passado, passado é. E o futuro que virá quem poderá dizer? Apenas viver. O tempo fará de mim o que eu quiser. Talvez, apenas o que ele puder fazer. Isso me atemoriza. Mas o passo segue firme. Num chão, nem sempre, tão forte e livre. O caminho é o que importa. O destino já nos é conhecido. E pouco me assusta. Antes, me aterroriza, a forma como lá chegarei. Sigo. Apenas. E só.

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