diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Fogo

Era sua língua quente e forte me devastando.
Um calor que penetrava pelos sete buracos da minha cabeça.
Era sua boca a percorrer todos os recantos mais escondidos do meu pequeno corpo.
Um sabor inigualável, um aroma doce que tomava o ar quase sufocante daquelas quatro paredes.
Eram os nossos sexos se encontrando com força e violência.
Um gozo incessante e maravilhoso.
Era o amor.
Era a paixão.
O fogo de nossos regentes que ardiam em nós.
A cópula de dois amantes.
Sem culpa nem censura.
Era assim.
As respirações aceleradas e o cansaço.
O fim de todo silêncio.
Um vácuo no universo.
Era.

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