diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mortal solidão.

Parou no meu coração.
Caiu em mim.
Permaneceu aqui.
Sempre em mim.
Dentro.
E cresceu.
Me tomou completo.
Escureceu minha alma.
Endureceu meu coração.
Congelou meus sentimentos.
E eu não pensei.
Esperava sofrer mais.
Porém foi tudo tão natural.
Sistematicamente aconteceu.
Era mais uma vez.
Talvez desta vez.
Olhei pra mim.
Vi-me envelhecido.
Olhos mortos.
Coração nas mãos.
Estendidas.
Entregando o que restou.
De quem tanto amou.
E por fim foi corroído pela solidão.
Que chegou silenciosa e mortal.
E se instalou.

Um comentário:

Karol Melo disse...

Que texto bonito. Triste, mas muito bonito.

Abraços!