Caminho por entre ruas mortas.
Becos silenciosos.
Vejo nos sobrados antigos janelas iluminadas.
Cortinas puídas.
Gordas mulheres sustentam seus farto seios nos parapeitos.
Observam, caladas, as vidas.
Suas vidas se resumem a isso.
Tomar conta do movimento.
Hoje muito fraco e escasso.
Dantes estas ruas latejavam de vida.
Agora são velhos casarões o estreitos e compridos dilacerados.
Telhados desfeitos.
Ruínas.
Os postes enferrujados...
A luz vacilante...
Eu passo.
Sem me dar conta de que um dia estarei assim.
Como aquelas ruas.
Silencioso e morto.
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