diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Meu corpo escrito.

Você me lê? 
Minha estória está marcada em mim.
O corpo é o livro de meu eu.
As páginas rabiscadas no se que sou.
Me leia. Devore-me.
Descubra-me e me decifre, tal como esfinge.
Eu sou claro. Não quero rebuscar meu linguajar.
O simples e entendível. Nítido.
Minha carne conta o que eu era, como aqui cheguei.
Eu sou meu próprio nome. Identidade.
Você não me lê!
Prefere perguntar-me. Fecha os olhos para as respostas que procura.
Tudo está inscrito em meus ossos e músculos.
Leia-me.
Página por página, até o fim.
E não procure um final lógico.
Não sou aristotélico. Cartesiano.
Mesmo simples sou complexo.
Falível e mortal.

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