Asas.
O que desejo ter para ir ver-te.
O sonho de possuí-las para perto de ti estar.
Que sejam feitas de cera e penas.
Quero tê-las.
Para junto a ti chegar.
Asas que me levarão até o sol que és para mim.
Asas para voar sobre o mar e enxegar-te próximo.
Que teu calor não as derreta.
Que tuas águas não as façam mais pesadas.
Asas leves e ágeis.
Para que rapidamente toda distância que nos separa suma.
Vôo ate onde me esperas.
Vou até os teus braços que ansiosamente me abraçarão.
E daí em diante já não precisarei delas.
Nao haverá mais em mim o desejo mitológico de possuir asas.
Serei da terra, raiz fincada em ti.
Já não sonharei contigo, com teus beijos.
Tu estarás junto de mim, teus olhos me olharão com milímetros a separá-los.
Teus lábios e os meus estarão colados.
Em longos e eternos beijos nos consumiremos.
E voar já não será mais necessário.
Pois tudo que preciso está em ti.
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