Eu nunca fui o meu nome.
Nenhuma denominação, na verdade.
Eu pairei a vida inteira no desconhecido.
Nunca estive à luz, só a sombra.
Quantos dedos há nas mãos?
O número desejado, imaginado...
Eu queria noites infindáveis.
E dias hibernados.
Desfeito tudo, encerrado.
Abstrações de caminhos errados.
Chuvas inundantes da minha alma.
Eu sei que sobreviverei.
Como de outras vezes sobrevivi.
Galguei sonhos e nada.
Não, eu não vivi.
Eu sei.
Apenas passei na vida.
Despretenciosamente estive no mundo.
Não sendo absolutamente nada.
Ninguém.
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