diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Para nada.

Eu insone... Aqui, são quase duas da manhã...
Nem o cansaço me vence.
Eu pensando no trabalho.
Imaginando o futuro. Os caminhos a serem percorridos.
Mirando os passos já dados.
Uma realização.
Sonho concretizado.
Obstáculos que pensávamos intransponíveis.
Hoje estão absolutamente superados.
E nós correndo, saltando longe.
Que as porta, porteiras se abram.
Pois estamos passando.
Eu escrevendo no escuro da madrugada.
Lendo Clarice, ouvindo músicas conhecidas.
Esperando que os dias se passem...
Não, não há para que esperar. Coisas têm que ser feitas.
Soluções rápidas têm que ser pensadas.
O frio da noite não me amedronta.
O medo, faz tempo esqueci.
Passo páginas de jornais freneticamente, até atingir o ápice.
O cume, ainda, não foi alcançado.
Em breve.
A breviedade da vida talvez não permita.
Correr, saltar, sair.
Pés e passos firmes. Como todas as nossas decisões.
Pensei de repente no mar, não o mar claro de dia.
Aquele escuro da noite que tem beleza e mistério.
O espelho da tão alta lua.
Não consegui arregimentar nenhum pensamento.
Minha cabeça trabalha absurdamente rápida.
E talvez por isso não tenha conseguido adormecer.
E o dia novo já se anuncia com muitas coisas para se fazer.
Com horas para correr loucas nos cucos europeus.
Nos relógios de camelô, em todos a que se propõem marcar hora.
Hora para quê?
Orientação nossa...
As frases cada vez mais curtas, palavras repetidas.
Loucuras, devaneios, pensamentos desconexos.
Desarticulação noturna.
Amém.

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