diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

domingo, 15 de março de 2009

O tempo passa, chéri!

Esses dias eu andei pensando sobre como as pessoas pensam que serão eternas. Não essa eternidade referente à imortalidade, não! Mas de como alguns seres acreditam que viverão eternamente na cabeça dos outros. Ninguém é insubstituível. Quando se ama alguém e esse alguém não nos corresponde o amor se finda. E assim a pessoa para de existir em nós. Mas, para uns isto não é tão claro. Acreditam que esse amor perdurará por todo tempo. Não. Eu digo que não. As vezes pode até demorar a se extinguir, mas desaparecerá, sim! E hoje eu estou de desvencilhando de um sentimento tão intenso e tão grande, mas que por não ter sido correspondido me fez - e faz - mal. Talvez a pessoa à quem dediquei tanto tempo pense que isto será para sempre, como nos contos de fadas. O ser humano tem se mostrado cada dia mais egoísta. A satisfação própria é a única coisa que lhes interessa. Não se pensa no outro, mesmo que esse outro esteja sofrendo. As pessoas só pensam em sí próprias. E isto não é bom. Eu tenho medo do futuro. Não sei o que ele fará de mim, mas estou vivendo. Fazendo hoje para que possa colher num tempo a frente. E saiba você que os espaços vazios estão sempre prontos para serem ocupados. E talvez esta ocupação não demore muito a acontecer. E você verá que nada é eterno. Eterno só no tempo em que existiu. Nada tem prazo determinado. E ser eterno é um prazo. Sem vencimento, mas é um prazo. Na vida as coisas abstratas não podem, não devem ser estipuladas e rotuladas. Elas existem em si, em seu próprio sentido de existir. São feitas para um fim. Chegue ele quando chegar, nós devemos estar preparados para súbitas mudanças de atitude, de situação de comportamento. É assim, desde o início, e acredito que será até o fim desta raça.

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