diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Hiato.

De tempos em tempos eu paro de escrever.
Mesmo com inúmeras e imensas palavras na cabeça.
Escrever é um ofício, uma sacerdócio.
Eu não sou escritor.
Nunca me propus a tal.
Apenas penso.
E por isso escreve.
Quando repenso não quero escrever.
Por me sentir pequeno.
Diante de tantos grandes.
Mas, mesmo assim insisto.
Imprimo minha cabeça no papel.
Tal como é.
E não me envergonho.
Digo.
Nos tempos em que paro sinto um vazio.
Uma falta.
Então retomo.
Sem grandes compromissos.
Apenas simples.
Os parâmetros mudam, os pensamentos, as convicções mudam.
Essa é a graça da vida.
Mutação.
Vontade e não vontade.
Os opostos que se complementam.
Hoje eu resolvi escrever.
Sobre escrever.
Sobre ser.
Viver.
Afinal, não sei escrever sobre outra coisa.
O que eu vivo, sinto, percebo, absorvo.
Hoje findou-se um tempo em que passei sem escrever.
Talvez, hoje mesmo, comece outro tempo de hiato.
Escrever, para mim, é assim mesmo.
Quando dá, quando quer, quando vem.
Surge.

Um comentário:

Karol Melo disse...

Arrancou palavras da minha bocaa!Indicarei essa postagem do teu blog no meu :)

Abraço!