diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cenas de um dia triste e de saudade.

"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu."
(Chico Buarque)


Hoje, um dia quente, parado, triste, vazio. Um feriado morto. Não um feriado DOS MORTOS. Acorda-se muitas vezes durante a noite. De manhã também. Enfim, levanta-se. É preciso viver. Por mais doído e complicado que seja. O dia é realmente quente. A dor de cabeça é enorme, reflexo da noite alcoólica. O tempo é lento, lentíssimo. Há uma certa ansiedade no dia de hoje, onde nada acontece. Onde só existe desencontro. Inquietude que permanece o dia inteiro. Uma saudade que me consome. Há dias em que não se deve ouvir certas músicas. E por falta de atenção ou mesmo esquecimento ouve-se. Músicas que terminam de estilhaçar sua alma, já inteiramente alquebrada. E lá estava Maria, cantando canções que há muito eu não ouvia. E que hoje me tocam muito mais que em outros momentos. Rasgam a pele, furam os músculos até perfurarem sem piedade a minha alma. E o que me resta, além de aguentar silenciosamente esse flagelo auditivo e fumar desregradamente. Esperando que os minutos que se arrastam infinitamente terminem e este feriado fique esquecido no passado. Até amanhã, outro dia, um dia cheio, um dia onde minha esperança de te ver é renovada.

P.S: Do DVD que me perfurou neste 02 de novembro:










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