diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Solidão.

Era.
O que não sabia, nem esperava saber.
Estava.
Plantado como árvore velha, cheia de raízes profundas.
Sonhava.
Com mundos distantes e alegrias que não lhe pertenciam.
Sentia.
O vento lhe batendo nos cabelos, nos galhos.
Chorava.
De olhos fechados e boca cerrada.
Silenciava.
Todos os seus sentimentos.
Pedia.
Sorte. Sorte para amar.
Ansiava.
Pelo carinho de outros galhos misturados aos seus.
Queria.
Raízes alheias que trançassem-se com as suas por baixo daquele verde gramado.

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