diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Saudade

A palavra que aperta.
Hoje acordei e pensei em você.
Ouvi uma canção do Caetano e lembrei de você.
Um perfume me passou e era o seu.
Seus cabelos que exalavam um cheiro bom me fazem falta.
O seu corpo quente junto ao meu, é hoje apenas uma lembrança. [Não mais encontrei outro corpo que se fundisse tao bem ao meu como o seu.]
Minha cabeça no seu peito já não pesa mais.
Seus pelos enroscados junto aos meus ficaram para trás.
Meus olhos fitarem os seus, de perto, já não podem.
Passar horas desenhando seu corpo nu com meus dedos que buscavam guardar no tato os contornos de sua figura é coisa do passado.
Você meio desconcertado me perguntando o que era que eu olhava quando parava e ficava apenas admirando parado a sua figura desnuda sobre a cama de lençóis brancos.
As imagens de sobrepõem aumentando o aperto dentro de mim.
É tudo saudade.
O que foi, o que não foi, o que poderia ter sido.
Saudade. Saudade.

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