diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Flor de Obsessão

Se pode-se dizer que obsessivamente vive-se obsecando uma obsessão obsessiva.
Não tenha medo de expor as maiores dores do seu ser.
Expurgue sua alma.
Limpe todo o seu pensamento dos maus desejos.
Pense em branco, não se deixe levar por vis sensações.
Abstraia-se do materialismo repugnante que domina o mundo.
O vil metal só nos faz desacreditar na sensibilidade do homem.
A pureza dos homens só existe até o momento do nascimento.
Ao se contaminar com o oxigênio compartilhado com burgueses, ingleses,
porcos, judeus, sacripantas perde-se a simples alma divina.
Nem toda vileza é tão má. Os que crêem nisso são maus.
O sentimento mais triste do mundo é a pena.
Pior ainda que o desprezo.
A corrupção do ser humano se dá ao primeiro beijo.
Não há maior defloramento que o beijo.
O sensual encontro de lábios é porngráficamente indesejável às mocinhas.
Famílias cerrem suas pura e castas meninas dentro de grades.
Prendam-nas ao pés da cama.
Enfiem-nas nos castos lençóis.
Brancos como as nuvens do céu.
Que vis cavaleiros estão galopando no mundo.
Tenho pena do mundo.
Tão podre e sórdido como políticos.
Sina triste a da humanidade.
Misturar-se a lama da podridão secular.
Ave homens! Podres desejos carnais.
Carne pútrida e fétida.

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