Quando os pensamentos estão firmes numa outra pessoa permeamos os sonhos delas.
Não sei se isso seria ruim ou bom. Hoje só te vejo em flashs de meus sonhos.
Mas não são sonhos em que sejas personagem principal, não.
Apareces penas como uma longínqua citação.
Sinal de que em breve não existirás mais em minha vida.
Nem sequer pequenas migalhas de amareladas lembranças.
E isso me conforta, sim.
Hoje já não há a dependência de notícias tuas para que eu possa viver.
Vivo independentemente de ti.
Peço-te apenas que me esqueças também.
Não me visites nem em sonhos mais.
diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa
quinta-feira, 19 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
O tempo passa, chéri!
Esses dias eu andei pensando sobre como as pessoas pensam que serão eternas. Não essa eternidade referente à imortalidade, não! Mas de como alguns seres acreditam que viverão eternamente na cabeça dos outros. Ninguém é insubstituível. Quando se ama alguém e esse alguém não nos corresponde o amor se finda. E assim a pessoa para de existir em nós. Mas, para uns isto não é tão claro. Acreditam que esse amor perdurará por todo tempo. Não. Eu digo que não. As vezes pode até demorar a se extinguir, mas desaparecerá, sim! E hoje eu estou de desvencilhando de um sentimento tão intenso e tão grande, mas que por não ter sido correspondido me fez - e faz - mal. Talvez a pessoa à quem dediquei tanto tempo pense que isto será para sempre, como nos contos de fadas. O ser humano tem se mostrado cada dia mais egoísta. A satisfação própria é a única coisa que lhes interessa. Não se pensa no outro, mesmo que esse outro esteja sofrendo. As pessoas só pensam em sí próprias. E isto não é bom. Eu tenho medo do futuro. Não sei o que ele fará de mim, mas estou vivendo. Fazendo hoje para que possa colher num tempo a frente. E saiba você que os espaços vazios estão sempre prontos para serem ocupados. E talvez esta ocupação não demore muito a acontecer. E você verá que nada é eterno. Eterno só no tempo em que existiu. Nada tem prazo determinado. E ser eterno é um prazo. Sem vencimento, mas é um prazo. Na vida as coisas abstratas não podem, não devem ser estipuladas e rotuladas. Elas existem em si, em seu próprio sentido de existir. São feitas para um fim. Chegue ele quando chegar, nós devemos estar preparados para súbitas mudanças de atitude, de situação de comportamento. É assim, desde o início, e acredito que será até o fim desta raça.
sexta-feira, 13 de março de 2009
As formigas são educadas...
Ontem enquanta fumava o último cigarro da carteira, me peguei pensando no sentido da continuidade das coisas. De como as coisas acontecem sequencialmente na vida. Tudo que acontece hoje tem ligação com algum fato pretérito. E assim pude analisar passivamente o que me acontece. Percebi que a sensibilidade e a verdade são coisas primordiais para o artista. A verdade com que se expressa e comunica seus pensamentos para o mundo. Vi uma fila de formigas e me dei conta de quão educadas são. Talvez sejam os animais mais sensíveis do mundo. Cumprimentam-se sistematicamente. Além de uma obediência nunca vista entre outros animais. Seguem cegamente um caminho traçado sabe-se lá por quem. O cigarro queimava despudoradamente e me lembrei de uma conversa que participei uns dias atrás. O fumar é para os viciados o maior prazer da vida. Diferente do sexo, em que outra parte pulsante está participando. O ato de fumar é um prazer solitário, onde você e o seu parceiro (o cigarro) estão em comunhão, não sendo ruim para nenhuma das partes. É o fim em si próprio. Este é o sentido de fumar, ter prazer sozinho, sem importar o que acha a outra parte. E meus devaneios seguiram por outro rumo. Lembrei de pés descalços, de pernas que caminhavam. De pessoas que estiveram na minha vida. E hoje não estão mais. E aceitei bem os fatos postos hoje em dia. Sem mágoas, sem rancor. Apenas e simplesmente aceitei. Pensei novamente na estória da sequência das coisas. E me lembrei dos trabalhos, do segundo que começa a se arregimentar, e que terá algumas ligações com o primeiro. Apesar de todas as diferenças. É como se se tratasse da construção de um pensamentos, surgido de cabeças diferentes, mas que em dado momento convergem para um único fim. E resultam nesta contrução. O afastamento é outro assunto que me ronda nestes tempos. E mais uma vez resignadamente tenho que aceitar. Afinal, não depende da minha vontade. Mas a volta é muito mais satisfatória. E as coisas não vão parar. Haverá um hiato, acredito que não. O sentimento motor da sensibilidade artística continuará pulsando, mesmo que longe. E os membros presentes não deixarão a chama se apagar, com muita verdade farão o caminho durante este momentos de ausência dos demais. E por fim, o cigarro se consumiu em cinzas, o meu devaneio findou. A realidade me chamou à tona. E a vida seguiu.
domingo, 8 de março de 2009
Dor da Saudade
Tudo aperta.
A saudade aumenta aos segundos que passam.
O meu peito está cada dia mais silencioso.
A minha alma cada momento mais triste.
Saudade, a saudade de todos os sentimentos.
Do teu cheiro, dos teus cabelos, dos teus olhos.
Saudade de ti.
Quero-te perto, mas não posso. Eu sei.
E sofro.
Vivendo essa saudade até não sei quando.
A saudade aumenta aos segundos que passam.
O meu peito está cada dia mais silencioso.
A minha alma cada momento mais triste.
Saudade, a saudade de todos os sentimentos.
Do teu cheiro, dos teus cabelos, dos teus olhos.
Saudade de ti.
Quero-te perto, mas não posso. Eu sei.
E sofro.
Vivendo essa saudade até não sei quando.
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