Leve.
Transparente.
Redonda, quase sempre.
Brilhante.
Furta-cor.
Aérea.
E num simples 'plim' desaparecer.
Eu queria ser assim.
diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa
domingo, 23 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Vai.
Eu não estou.
Você pode bater o quanto quiser.
Eu cansei.
Aqui você não vai mais entrar.
Chega.
O tempo passou.
A minha vida já não é mais a mesma.
Eu vivo.
Em outras cores.
Outra sintonia.
Você ficou atrás.
A casa está vazia.
Vazia de você.
Pode continuar batendo.
Não mais permitirei a dor.
Em meu coração não há lugar.
Estou repleto de vida.
Vá bater em outra porta.
Aqui você não entra.
Estou cheio.
Cansei de você.
O dia é outro.
Você ainda está igual.
Basta.
Canse.
Bata até não ter mais forças.
Desista.
De mim, de tudo que foi vivido.
De uma história passada.
Vai, segue outro caminho.
Me esqueça.
Eu já te esqueci.
E isso me basta.
Você pode bater o quanto quiser.
Eu cansei.
Aqui você não vai mais entrar.
Chega.
O tempo passou.
A minha vida já não é mais a mesma.
Eu vivo.
Em outras cores.
Outra sintonia.
Você ficou atrás.
A casa está vazia.
Vazia de você.
Pode continuar batendo.
Não mais permitirei a dor.
Em meu coração não há lugar.
Estou repleto de vida.
Vá bater em outra porta.
Aqui você não entra.
Estou cheio.
Cansei de você.
O dia é outro.
Você ainda está igual.
Basta.
Canse.
Bata até não ter mais forças.
Desista.
De mim, de tudo que foi vivido.
De uma história passada.
Vai, segue outro caminho.
Me esqueça.
Eu já te esqueci.
E isso me basta.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Diferente
Eu queria ser tranquilo.
Não tão irriquieto.
Raso, não tão profundo.
Introspectivo.
Eu desejo ser aberto.
Sem tanta seriedade.
Sisudo.
Quero ser fácil.
Decifrável.
Constante.
Não tão instável.
Sem tanto amargor na alma.
Doce, terno, calmo.
Eu queria não gostar de música.
Ouvir zoada.
Falar bobagem, sempre.
Ser açúcar granulado.
Não pó.
Não tão irriquieto.
Raso, não tão profundo.
Introspectivo.
Eu desejo ser aberto.
Sem tanta seriedade.
Sisudo.
Quero ser fácil.
Decifrável.
Constante.
Não tão instável.
Sem tanto amargor na alma.
Doce, terno, calmo.
Eu queria não gostar de música.
Ouvir zoada.
Falar bobagem, sempre.
Ser açúcar granulado.
Não pó.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Anti-Titã
Que olhos me rodeiam e fazem-me menor. Amedrontado com o brilho intenso. Como partiu toda a minha coragem. Para sempre. Eu. Sou o que sou. Quando fecho os olhos ouço as respirações me circulando. Sinto um arrepio frio percorrer meu corpo. O que posso fazer? Apenas ficar parado. Sem caminho para seguir. Vejo através de suas cabeças grandes e coloridas. Mas, só vejo o escuro. Uma luz estroboscópica que me cega mais que o brilho dos olhos vivos. Juntos. Tudo é cegante. As vezes murmurantes dizem coisas ininteligíveis. Eu fico procurando sentido nos gemidos guturais das bocas vermelhas e carnudas. O ar começa a ficar escasso. E então começo a diminuir. As figuras vão se tornando titãs, gigantes absurdamente disformes. Consigo fugir por uma brecha entre as pernas avantajadas. Só o escuro. O chão escorregadio. Percebo o significado disso tudo. O meu lugar no mundo não é aqui. Não é com essas pessoas. Eu sou o que sou. Tenho que tomar meu lugar. Fechar-me em mim. Infinitamente particular em meus pensamentos. Fechado em colchetes. Trancafiado em minhas entranhas. Sem contato com nada exterior. Preso em meus próprios nós.
sábado, 8 de maio de 2010
O peso do amor.
Eu não conheço o peso do mundo.
Pensava que minhas dores eram grandes.
Não são.
Enquanto os homens exerces seus poderes.
O mundo se desfaz.
Enquanto as pessoas seguem para seus destinos.
Eu volto trôpego, bêbado, embriagado para casa.
No caminho vejos os trabalhadores seguindo suas labutas.
E eu, não sei se privilegiado, posso viver mundos outros.
Eu não sei o quanto pesa a dor dos outros.
Sei o peso, simples, das minhas dores.
Eu penso, não sei mais falar.
Enquanto o sol nasce eu me fecho no quarto.
Vou dormir.
O dia brilha cedo, eu me recolho, exausto.
Eu não sei quantos gritos de horror são dados neste momento.
Apenas sei que existem.
Talvez bem perto de mim.
Mas, eu tampo os ouvidos para eles.
Apenas quero sossegar na minha cama.
Eu não conheço o peso do mundo.
O mundo é vasto, imenso, talvez sem dimensão exata.
Apenas aproximações, conjecturas.
Eu descobri.
Não sei se hoje, ontem...
Ou se ainda descobrirei.
O peso do mundo é o amor.
Como disse louco poeta anos atrás.
O peso do mundo é o amor.
O peso do mundo é o amor.
Seja de que forma for.
Pensava que minhas dores eram grandes.
Não são.
Enquanto os homens exerces seus poderes.
O mundo se desfaz.
Enquanto as pessoas seguem para seus destinos.
Eu volto trôpego, bêbado, embriagado para casa.
No caminho vejos os trabalhadores seguindo suas labutas.
E eu, não sei se privilegiado, posso viver mundos outros.
Eu não sei o quanto pesa a dor dos outros.
Sei o peso, simples, das minhas dores.
Eu penso, não sei mais falar.
Enquanto o sol nasce eu me fecho no quarto.
Vou dormir.
O dia brilha cedo, eu me recolho, exausto.
Eu não sei quantos gritos de horror são dados neste momento.
Apenas sei que existem.
Talvez bem perto de mim.
Mas, eu tampo os ouvidos para eles.
Apenas quero sossegar na minha cama.
Eu não conheço o peso do mundo.
O mundo é vasto, imenso, talvez sem dimensão exata.
Apenas aproximações, conjecturas.
Eu descobri.
Não sei se hoje, ontem...
Ou se ainda descobrirei.
O peso do mundo é o amor.
Como disse louco poeta anos atrás.
O peso do mundo é o amor.
O peso do mundo é o amor.
Seja de que forma for.
domingo, 2 de maio de 2010
Foi.
Era o que era, era o que queria ser.
E não sofria.
Era o tempo, sentado na calçada.
Era o vento, soprando pela fresta da janela.
Era o sol, queimando o corpo amado.
Era o céu, lambendo a terra.
Era a relva, abraçando com carinho.
Era a cama, deitando sobre o amor.
Era o desejo, se entregando inteiro.
Era o cheiro, exalando no quarto.
Era o amor, completo.
Era, sim o que ansiava.
Era a fera, talvez a Quimera.
Era o peso, jogado sobre o mundo.
Era o fogo, ardente em brasa.
Era o que pensava ser.
E era assim.
Era a mão, afagando o sexo.
Era a vida, em pleno gozo.
Jazia, por fim, morto e entregue aos braços de outrém.
E não sofria.
Era o tempo, sentado na calçada.
Era o vento, soprando pela fresta da janela.
Era o sol, queimando o corpo amado.
Era o céu, lambendo a terra.
Era a relva, abraçando com carinho.
Era a cama, deitando sobre o amor.
Era o desejo, se entregando inteiro.
Era o cheiro, exalando no quarto.
Era o amor, completo.
Era, sim o que ansiava.
Era a fera, talvez a Quimera.
Era o peso, jogado sobre o mundo.
Era o fogo, ardente em brasa.
Era o que pensava ser.
E era assim.
Era a mão, afagando o sexo.
Era a vida, em pleno gozo.
Jazia, por fim, morto e entregue aos braços de outrém.
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