diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sábado, 8 de maio de 2010

O peso do amor.

Eu não conheço o peso do mundo.
Pensava que minhas dores eram grandes.
Não são.
Enquanto os homens exerces seus poderes.
O mundo se desfaz.
Enquanto as pessoas seguem para seus destinos.
Eu volto trôpego, bêbado, embriagado para casa.
No caminho vejos os trabalhadores seguindo suas labutas.
E eu, não sei se privilegiado, posso viver mundos outros.
Eu não sei o quanto pesa a dor dos outros.
Sei o peso, simples, das minhas dores.
Eu penso, não sei mais falar.
Enquanto o sol nasce eu me fecho no quarto.
Vou dormir.
O dia brilha cedo, eu me recolho, exausto.
Eu não sei quantos gritos de horror são dados neste momento.
Apenas sei que existem.
Talvez bem perto de mim.
Mas, eu tampo os ouvidos para eles.
Apenas quero sossegar na minha cama.
Eu não conheço o peso do mundo.
O mundo é vasto, imenso, talvez sem dimensão exata.
Apenas aproximações, conjecturas.
Eu descobri.
Não sei se hoje, ontem...
Ou se ainda descobrirei.
O peso do mundo é o amor.
Como disse louco poeta anos atrás.
O peso do mundo é o amor.
O peso do mundo é o amor.
Seja de que forma for.

2 comentários:

laís sampaio disse...

pra bem ou mal, lá vem o danado do amor aí...

Karol Melo disse...

Esse texto me lembrou uma música de P!nk "Dear, Mr. President", só não me pergunte o por quê, nem eu sei.
Vou escutar ela agora (:

Abraços!