Repetitivamente, exaustivamente amava.
Gritava sempre, os ventos de todos os lados:
"Eu quero parir luz!"
Era seu sonho.
Iluminar o mundo com sua criança-estrela.
Um bebê de cinco pontas, pés, mãos e cabeça-guia de brilho.
O umbigo, rastro de cometa cairia e clarearia todo o caminho da estrada.
Guiando os passantes, retirantes e perdidos na amplidão do mundo vazio.
Tanto gritou o seu sonho-luz que numa noite fria um astro qualquer que vagava no cosmos desceu até a Terra.
Fecundou-a de matéria cósmica luminescente.
E alguns meses depois seu bebê-claridade veio ao mundo.
Deu a luz.
Mas a criança-estrela em poucos dias desfez-se da forma humana e partiu-se em vários, subindo aos céus onde bordou a abóbada celeste escura como um vestido cheio de pedras brilhantes.
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