diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Emergência de um poema

Quando não há mais o que escrever a pena repousa sobre o papel branco.
E tudo cessa.
Não haverá mais versos de dor nem de amor.
Findou-se o impulso que regeu a mão.
Extinguiu-se a vontade.
A vida é uma emergência.
Não há mais tempo de deitar-se horas sobre letras.
Vive-se.
E, talvez, à frente surjam novos versos.
Novos poemas.
Por enquanto nos olhamos e nos amamos.
É o que devemos fazer.
Sem muitos temores, sem demasiadas teorizações.
Vivamos.
É o que está certo.
Amor.

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