diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sábado, 24 de abril de 2010

Pouco Tempo.

Eu não tenho tempo de sobra. Tenho o tempo exato para o que me é necessário. Não me faça perder tempo com coisas que não são necessárias. Não procure-me. Esqueça de tudo. Do que já foi vivido, do que já passou. O meu tempo é medido, não quero perdê-lo. Não contigo. A minha vida já me consume todo o tempo que tenho, não posso viver tua vida. So me interessa ser feliz. Isso você não poderá me fazer, não mais. Tudo acabou. Só ficou a lembrança. Num passado esquecido numa gaveta qualquer. E, hoje eu vivo livre. Sem amarras, sem nada que prenda. O teu amor me sufocou. Não se pode viver sem ar. Preciso respirar, ares novos, puros. Não mais aquele ar pesado que respirava ao teu lado. Passou. O céu se abriu, as nuvens negras se dissiparam. O meu viver é muito mais fácil e forte, a fragilidade, o sofrimento ficaram amarrados em ti. Prendendo teus pés, não permitindo que seguiste em frente. Preso à um tempo que já não existe. O tempo que era de sobra. O excesso do tempo. Hoje tudo é contado, medido, justo. O meu tempo é exato para mim.

2 comentários:

Karol Melo disse...

"O meu viver é muito mais fácil e forte, a fragilidade, o sofrimento ficaram amarrados em ti. Prendendo teus pés, não permitindo que seguiste em frente. Preso à um tempo que já não existe."
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Essa parte descreve bem algo que já passei. Nossa, perdi o ar. Vou procurar.

Abraços!

Fatima albuquerque disse...

eu senti,
parabéns pelo blog!