Era o que era, era o que queria ser.
E não sofria.
Era o tempo, sentado na calçada.
Era o vento, soprando pela fresta da janela.
Era o sol, queimando o corpo amado.
Era o céu, lambendo a terra.
Era a relva, abraçando com carinho.
Era a cama, deitando sobre o amor.
Era o desejo, se entregando inteiro.
Era o cheiro, exalando no quarto.
Era o amor, completo.
Era, sim o que ansiava.
Era a fera, talvez a Quimera.
Era o peso, jogado sobre o mundo.
Era o fogo, ardente em brasa.
Era o que pensava ser.
E era assim.
Era a mão, afagando o sexo.
Era a vida, em pleno gozo.
Jazia, por fim, morto e entregue aos braços de outrém.
2 comentários:
"Desejo, sexo.
Pluralismo (in)consciente.
Eu queria ser assim.
Escrever desta forma.
Sem amarras."
Vontade.
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Ééé, pelo visto conseguiu. E de forma MUITO eficiente. Adorei!!!
Abraços!
Belo!!
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