Ouvi ontem aqueles discos antigos.
Abri a caixa de fotos amareladas.
Recordei os tempos que não vivi.
Muito antes de mim.
Quantas coisas tentei (re)ver.
Vestidos de baile, rodados.
Sapatos de salto nos tacos do piso.
Brilhantina, jaquetas à moda Dean.
Bailezinhos de família.
Grandes vozes, big-bands.
Tudo tão remotamente esquecido.
Nos velhos baús.
Tudo fora de moda.
Os salões não estão mais iluminados.
Pequenas frestas são a única fonte de luz.
Os grandes casarões estão fechados.
Tudo passou.
Como a poeira que as lambretas levantavam.
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