diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Ingratidão.

Que bom uma mão que te ampara.
Um braço que te acolhe.
Dedos que te acariciam.
Mas, ao menor movimento de outro.
Tu esqueces todo conforto.
E te mandas ao amor para sofrer.
Cair, mais um vez, se doer.
Ser maltratada.
Talvez, um dia, quando voltares.
Esta mão te possa mais ajudar.
Ocupada com outro salvamento.
E tu te verás sozinha.
Sem quem te ajude.
Não desdenhe de quem te quer.
De quem sonhou em ter-te.
Alguém que por ti sente carinho.
Não sejas ingrata.

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