Eu queria me perder no mundo.
Abrir o oco que me ocupa.
Estar vagando no meio do nada.
Perder-me em devaneios, vãos.
Ilusoriamente amando.
Com mãos erradas.
Sentimentos bruscos.
Involuntários movimentos.
Escurecer todos os pontos luminosos.
E estar no breu.
Não sei sentir.
Olhar para mim mesmo esqueci.
Tomar meu passos como rumo.
Já não faço contas.
Perdi a noção dos dias, horas, minutos.
Segundos instantâneos que estou contigo.
Queria não ver-te mais.
Para não mais me sentir vazio à tua ausência.
Esquecer-me completamente de tua voz.
Tuas tão macias mãos.
Afagas-me e me corrói o peito.
O oco ressoa dentro de mim.
Completa-me, te imploro.
Não, não, não é possível.
Habitas tão longe, hoje.
Vejo-te repentinamente nas ruas.
E cego me ponho.
Quero-te longe, mais longe que o infinito.
Volta para teu ser.
Esquece, aliás, eu que te devo esquecer.
E silente deitar e adormecer.
Tranquila e serenamente.
Como os anjos.
Que vagueiam nos céus.
Perco-me nas recordações.
Que sei, um dia estarão apagadas.
Como as velhas fotografias estão se apagando.
Ficará só o branco.
O nada.
Um comentário:
Precisava tudo isso???
Uiiiiiiiiiiiiiii
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