diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Ainda vivo por amor.

Eu que até hoje só amei.
Nunca fui amado.
Senti imenso ciúme.
Me maltratei.
Marquei minha pele.
Tatuei teu nome.
Inpregnei teu cheiro em mim.
Me afoguei em teu corpo.
Agarrei teus cabelos macios.
E os últimos fios ficaram presos ali.
Respirei teu hálito.
Bebi teu suor.
Amei.
Meu corpo hoje tem marcas mil.
Nomes vários pintados.
Coração compartimentado.
Fragmentado em diversos amores.
Todos, hoje, sepultados.
Meus olhos já não procuram os olhos de ontem.
Fitam a imensidão que se espraia adiante.
O amor morreu.
Os amores morreram.
As pessoas morreram.
Eu não morri. Ainda.
Até que se extinga o meu medo.
O ciúme que ainda está presente.
A raiva.
Ódio de não ter tido.
A vontade, a ânsia de ter vivido o amor.
E aí, enfim, eu serei passado.
Esquecido e remoto.
Desfeito.
Destroço, desmanchado.
Morto.

Um comentário:

Karol Melo disse...

A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

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Mas ainda assim..o que é amor? Nunca vou entender isso x-x

Abraços!

[desculpa pelo comentário grande '-']