diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sem mais.

Do que eu sinto, só o tempo dirá se verdadeiro é.
Do meu amor ninguém poderá caçoar.
Eu sou assim. Um inveterado amante.
Amor está em cada parte de mim. Dentro.
Para fora. Exalando. Expelindo por cada poro.
Meus olhos brilham. Mãos geladas.
Coração em disparada.
O mundo pára. E só te vejo.
Nada mais tem cor, nada tem vida.
A pulsação está apenas na nossa troca de olhares.
Eu te amo, tu me amas, eu te olho, tu me olhas.
Meus olhos penetram por tua alma, revelam meu desejo.
Teus olhos retribuem. E é bonito, sentir.
Eu não posso acreditar que tudo é sonho.
Que nada é real.
Eu amo, eu sinto, eu sofro, eu pulso, eu estou.
E tudo é ilusão.
Apenas ilusão.
Solidão sem fim, de noites e dias chatos.
Que se sucedem sem que haja vida em mim.
Apenas um resto do amor que tive.
Um rastro mínimo da verdade que existiu um dia.
O meu amor foi diluído, desfeito.
Corróido pelo ciúme, consumido pela vontade de ter-te.
E findou-se.
Acabou o tempo.

Um comentário:

Karol Melo disse...

Eu ainda me pergunto: O que é amor?