diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Lua da Terra.

Céu da noite.
Bordado de estrelas.
Como tua saia branca.
A lua resplandece teu cabelo.
Já quase branco.
Tua luz própria é agora azul.
Como as águas que cantas.
O rio da tua vida cruzou o meu.
Minhas águas se acalmaram.
Ao som da tua voz.
Teu eterno em mim está presente.
Uma força sobera guia-te.
E tu me guias, como soberana que és.
Energia vermelha, de raios e trovões.
Ouro puro, brilhante como só ele.
Caminho dourado, caixinha mística.
Que mãos apontam tão certas?
Nenhuma, só as tuas.
Firmes, fortes, marcantes.
Passos leves, porém decididos.
Sabendo aonde vão.
Teus pés marcados em carmim.
Seguem adiante.
E me levas, sigo-te.
Sem medo.
Ao simples soar de tuas cordas vocais.
Tuas notas consonantes me envolvem.
E me tocam fundo na alma.
E eu adormeço.
E sonho.
Com as estrelas que descem do céu.
E vêm render homenagens a ti.
Uma lua que vive na Terra.
Um ser indecifrável.
Energia que paira sobre nós.

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