diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Eu era feliz.

Corta o fio da vida.
Ao som de um piano velho.
Se esta, essa ou aquela rua fosse minha.
Melodias doces.
Quem me nina?
Sonhos coloridos.
Quem vem pra beira do mar?
O sol nasce sorrindo.
A lua descansa, enfadada da noite.
As estrelas repousam.
Brilham solitárias aos montes.
A bailarina vai parando...
Dê corda.
O lago dos cisnes é azul.
O cavalo branco de Napoleão que cor?
Elefante colorido.
Na beira tudo termina.
O mundo não é quadrado?
Onde Judas perdeu as botas?
O vento faz a curva no meu quintal.
Minha tia viu sovaco de cobra.
Laranja, lima, limão, pitanga, acerola.
Uva, maçã...
Pedrinhas, no degrau da porta de casa.
O universo gira em cima da minha cama.
Tenho medo do bicho-papão.
O anjo que mora no bosque caiu do céu?
O grão-de-areia ainda é solitário?
Uma cegonha passou na minha janela.
O pé-de-feijão do João foi plantado onde?
Quantos lobos maus existem?
Bolinhas, balinhas, bolhas de sabão.
Parque, grama, escorrego.
A vida corre, pula, salta.
E eu olho-a.
Tudo é tão inocente na criança.
Tudo é tão alegre, cheio de cor...

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