Dois cristais brilhantes que me furam.
Teus olhos, teu olhar diferente.
Tua retina perfurante.
Não, não me olhes assim.
Teus olhos me dizem coisas.
Em línguas estrangeiras.
Que eu não consigo decifrar.
Olhar penetrante, me invade.
Me corta, me cruza, me desvela.
E eu fico perdido.
No brilho sem igual deles.
Que olhos de mar.
Que ressaca...
Maresia excitante.
Medo, pavor.
Teu par me consome.
Essas duas contas de vidro.
De cristal.
Sem par, azuis, verdes, castanhos.
Teus olhos musicais.
Me decifras com teu olhar.
Um calor me toma e eu gelo.
Paro, não consigo mais.
Teus olhos me arrebatam.
Me enlaçam e eu danço.
Com teu par.
Como teu par, contigo meu par.
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