diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não ao Natal!

Eu não sei se já disse isso: eu odeio o natal.
Não, não é por que eu sou contra o espírito capitalista que tomou conta da data.
Não, não é.
Eu detesto entrar num shopping e ver aquelas horrendas decorações.
Com uma combinação horrorosa de verde e vermelho, fitas xadrez, veludos, neve artificial.
A imagem vendida pela Coca-Cola do bom velhinho!
Não há nada que me irrite mais.
Eu imagino o cheiro azedo que deve existir debaixo daquele casado vermelho.
Impossível não pensar nisso!
Um ser que veste-se inteiro de veludo em pleno verão tropical deve suar muito.
Não que eu vá fazer aqui um discurso religioso do tipo: "perdeu-se a essência do natal...".
Baboseiras. Sim. Convenções criadas pela sociedade.
Talvez meu trauma de natal venha de muito longe.
Eu sempre tive que lidar com esse "clima natalino" na época do meu aniversário.
Isto sempre me encheu o saco.
Nunca fui como os outros que comemoram seus aniversários sem estarem sob o jugo de uma festa maior.
Enfim, eu não tenho a menor paciência pra ouvir aquelas irritantes músicas que se repetem infinitamente nas ruas, nas lojas durante todo o mês de dezembro.
Já há alguns anos em que deixei de montar árvore de natal.
Diziam que eu morreria no ano seguinte. Já fazem uns dez anos que eu deveria ter morrido, então.
Essas tradições bobas, essas superstições que não levam a lugar algum.
Definitivamente eu aboli esta festa do meu calendário. Gosto apenas dos dias de folga proporcionados pela festa.
Os outros que comemorem. Empanturrem-se de peru, rabanada, farofa, bacalhau, uvas passas e castanhas.

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