diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Quase Ultimatum.

O caos urbano me toma.
Os motores estão arrancando eternamente.
O calor infernal absorve meus líquidos.
Eu tento não entrar na paranóia da cidade.
Impossível. A sociedade neo-liberal capitalista no corrói.
Não faço apologias a uma nem outra forma de governo.
Sou apartidário. Nem direita, nem esquerda.
Sou livre. E como cidadão livre não admito qualquer regra.
Não permito que me rotulem. Sou absolutamente impune.
Quero fazer o que tiver vontade. Apenas viver.
Sem ter quer responder a nada, ninguém.
Transpassar a vida e não restar mais que cinzas.
No momento em que deixá-la.
Penso como os grandes criadores do mundo.
O filósofos da arte. Minha obrigação única no mundo é ser artista.
Viver de arte, comer, respirar, sonhar de, com, para arte.
Ser uma alma diferente dos simples mortais.
Não por ser superior. Apenas por ser artista.
Por estar mais perto das forças ocultas superiores.
Por não temer a morte. Por ser um ser de ação.
Não estar passivo aos desmandos dos mundos.
Vão para suas casas mandar nos seus subordinados.
Em mim niguém manda. Faço o que tenho que fazer.
Nada a mais. Nem tampouco a menos.


P.S.: À memória de Fernando (Genial) Pessoa e seus Eus.

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