diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vida

Nada foi em vão.
Tudo valeu a pena.
Começaria tudo outra vez.
Faria tudo novamente.
Tal e qual, nada diferente.
Poder arremessar-me na vida.
Despojadamente.
Viver intensa e intrísecamente.
Laçado aos eternos convívios.
Vitalmente ligado aos amigos.
Essencialmente passional.
Inevitavelmente artista.
Eternamente um ser de amores.
Simplesmente sem grandes excessos.
Um etéro pensamento que se desfaz.
Nuvem clara que desenha o céu.
Um par de pés que deslizam no salão.
Mãos que se unem em oração.
Lábios que se encostam num beijo.
Cabeça que repousa tranquilas às noites.
Por não se arrepender de ter vivido.
De ter divido a vida com outros.
E não querer mudar nada.
Nem um milímetro.
A vida como foi seria outra vez.

Nenhum comentário: