diário, escritos, rascunhos, pulsações de uma vida quase completa

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ódio

Vós todos uns pulhas!
Deixem-me viver.
Abram-me os grilhões.
Soltem-me.
Não aguento mais essas cadeias.
Livre, quero ser totalmente livre.
Não me regulem o viver.
O amar, comer, dormir, sofrer.
Esqueçam-me completamente.
Por que tanta perseguição?
Tantas regras existem por quê?
Não, não! Sou contra leis.
Sou absolutamente a favor da liberdade.
Porque o homem nasceu livre.
Vós, criaturas abomináveis é que prendem-nos.
Impoem-nos regras absurdas.
Parâmetros, padrões...
Que nem sempre estamos dispostos a aceitar.
Respeitem as diferenças.
Quero ser livre, quero poder amar impunemente.
E me deixem se vou sofrer.
Não preciso de conselhos e podações.
Tolham vossos próprios instintos.
Abstraim os alheios.
Mirem vossos próprios rabos!
Nunca vi raça mais podre, mais fétida,
mas imunda que vós, humanos imbecis.
Estou com o peito ardendo de ódio por vós.
Se ainda quereis viver não me cruzem o caminho.
Não serei capaz de responder por meus instintos.
A morte! A vós! Animais inescrupulosos!

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